Sobre
Aqui vocês irão encontrar um pouquinho de pediatria e um pouquinho de cultura, sempre pensando em um público de cuidadores de crianças e adolescentes.
Mas por que cultura? E cultura em qual sentido?
Na faculdade de medicina, somos treinados a focar na doença. Sabemos muito de doença e um pouco de saúde. Aprendemos muito sobre o corpo humano e pouco sobre o ser humano. Nos ensinam a prescrever e pouco é dito sobre escutar de verdade e acolher.
Mas, na rotina de consultório pediátrico, a ideia é, em grande parte, focar na saúde e na sua manutenção. Auxiliar no desenvolvimento pleno dos indivíduos, no acolhimento das famílias e na parceria como rede de apoio. E, para mim, não tem como falar de saúde sem também falar de cultura.
A cultura influencia a saúde. Cultura não só no sentido antropológico (conjunto de padrões de comportamento, crenças, conhecimentos, costumes etc. que distinguem um grupo social) como também no sentido de complexo de atividades, instituições, padrões sociais ligados à criação e difusão das artes, ciências humanas e afins.
Sim, é muito amplo, mas é esse o objetivo do site mesmo. Ser um repositório de informações que possam ajudar meu trabalho como pediatra no consultório. Tanto informações específicas de medicina como também questões que abordem mais comportamento, hábitos de vida, saúde mental, atividades culturais e outras coisas interessantes para compartilhar com as famílias.
Aproveito para convidá-los a terem um olhar mais amplo sobre suas vidas, a refletirem em que ponto a sociedade, a política, os hábitos escolhidos têm influenciado sua saúde. Dessa forma, conseguimos cuidar de nosso corpo e mente de forma mais integral, menos medicamentosa, mais equilibrada.
Acredito que ter filhos deve nos fazer repensar os hábitos de vida como um todo. Não que seja fácil nem rápido mudar, mas cuidar da infância é uma grande responsabilidade e não há como fazê-lo sem mobilizações internas e externas.
LUIZA CEGALLA FERREIRA GOMES
Sou médica pediatra com pós-graduação em infectologia pediátrica. CRM 52.93421-6 e RQE 29154.
Formada em medicina em 2011 pela Universidade Gama Filho, fiz residência pediátrica no Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (Fiocruz) de 2012 a 2014.
Trabalhei com a organização humanitária Médicos Sem Fronteiras em 2014, em um hospital pediátrico e obstétrico na cidade de Bo, Serra Leoa (África). Foi uma experiência que me marcou por vivenciar uma realidade completamente diferente e ainda presenciar a epidemia de Ebola, o que não estava no "roteiro".
Em 2015 participei do segundo trabalho com a mesma organização, dessa vez em Bafatá, Guiné-Bissau (África), também como pediatra.
De 2016 a 2018 fiz pós-graduação de Infectologia Pediátrica, no Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (Fiocruz).
De 2018 a 2020 morei em Petrópolis e trabalhei nas emergências pediátricas dos hospitais Alcides Carneiro e Santa Teresa. Também trabalhei como preceptora dos alunos da Faculdade de Medicina de Petrópolis.
Em 2020 voltei a trabalhar com Médicos Sem Fronteiras na resposta a pandemia de Coronavírus. No Rio de Janeiro (RJ), fizemos treinamentos para profissionais da "linha de frente", atendimento médico para a população em situação de rua e atividades de promoção de saúde. Em São Gabriel da Cachoeira (AM), fizemos um centro de acolhimento para casos leves de COVID-19 na população indígena e promoção de saúde nas comunidades. Em Aquidauana (MS), fizemos atendimento médico e psicológico nas comunidades indígenas, promoção de saúde e suporte especializado em Terapia Intensiva e Saúde Mental em um hospital da região.
Outros locais onde já trabalhei: CER Barra da Tijuca, emergência pediátrica do Hospital Municipal Pedro II, CTI Pediátrico e Neonatal do Hospital Federal de Bonsucesso, CTI Pediátrico e Unidade de Internação do Hospital Rios D'or, CTI Pediátrico do Hospital Quinta D'or e Unidade Intermediária do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (Fiocruz).
Desde 2021, atendo em consultório pediátrico particular no Jardim Botânico e tenho tentado focar meus estudos na área de atenção primária - avaliação de crescimento e desenvolvimento, alimentação, sono, comportamento e estilo de vida em pediatria.
JÚLIA FRÓES DA FONSECA DOS SANTOS
Acredito em um mundo melhor. Também acredito que podemos e devemos contribuir para que ele se torne realidade.
É possível, podemos caminhar para isso.
Formada em Comunicação Social pela PUC-Rio, passei a última década trabalhando para aprimorar o que víamos na tela do cinema.
Analisando narrativas, avaliando roteiros, dei minha contribuição para que nosso cinema nacional contasse sempre as melhores histórias.
E, apesar de histórias nos encantarem e serem essenciais, senti que poderia contribuir ainda mais.
Vivemos em uma sociedade tomada pelo excesso de informação, que vem de tudo quanto é canto, e pela falta de tempo - ou cabeça. É cada vez mais difícil filtrar o que é confiável e o que não é. Os assuntos são profundos, complexos e é impossível saber de tudo o tempo todo.
Mas uma comunicação bem feita pode facilitar a nossa vida.
Por isso, me apaixonei pela Linguagem Simples. Para quem desconhece o termo, a Linguagem Simples é tanto uma técnica de comunicação como uma causa social. Ela transforma textos difíceis, longos e enrolados em textos claros para que a gente possa compreender nossos deveres e direitos sem confusão ou desgaste.
E, além das narrativas, amo a ciência desde pequena, quando eu tinha a certeza de que viraria uma "cientista maluca" ao me tornar adulta. Bem, falta só virar cientista.
Esse encantamento por ciência, junto com um olhar crítico e curioso, um senso de dever social, uma enorme vontade de contribuir e mais alguns cursos e leituras, me fez querer comunicar ciência e, mais ainda, simplificar ciência.
E, assim, cheguei aqui. Vamos nos comunicar?